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A História do Jornal Impresso no Brasil

  • Foto do escritor: obinomio
    obinomio
  • 10 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

A imprensa no Brasil chegou com a vinda da família real portuguesa em 1808. Antes da chegada da família real, não era permitido publicar livros, panfletos e nem jornais. O primeiro jornal impresso no Brasil foi a Gazeta do Rio de Janeiro que circulou pela primeira vez no dia 10 de setembro de 1808. O jornal era oficial da corte, por isso eram divulgadas notícias sobre príncipes Europeus, festas natalinas e coisas relacionadas a corte. A Gazeta era dirigida por Frei Tibúrcio José da Rocha (redator da Gazeta).


O Primeiro Jornal Brasileiro

A Gazeta do Rio de Janeiro é considerada a primeira publicação no Brasil, porém o brasileiro Hipólito José da Costa, em 1º de junho de 1808, criava em Londres o Correio Brasiliense, primeiro jornal brasileiro fora do país. Segundo o criador do jornal, o Correio Brasiliense era voltado para “atacar os defeitos da administração do Brasil”. O jornal era editado mensalmente e sempre em Londres. Para chegar no Brasil, era trazido de navio, e por tal razão demorava quase um mês para chegar. O mesmo só foi publicado até dezembro de 1822. Em Brasília existe um jornal chamado “Correio Braziliense”, cujo nome presta homenagem ao antigo jornal.

A censura à imprensa no Brasil terminou somente em 1827. Os jornais cariocas da época do Império eram a “Gazeta de Notícias” e “O País”, considerados os maiores jornais daquela década. Outros impressos de grande importância foram o “Diário do Commercio”, a “Tribuna Liberal”, o “Diário de Notícias”, o “Correio do Povo”, a “Cidade do Rio”, o “Jornal Commercio” e a “Gazeta da Tarde”.


O Desenvolvimento dos Jornais no Brasil


O desenvolvimento dos jornais começou na metade do século XIX, quando as principais sedes foram para prédios maiores, construídos especialmente para abrigá-los. Muitos diários do século XIX passaram a circular. Daquela época, os únicos que ainda permanecem em circulação são os jornais “O Fluminense”, em Niterói, e “O Estado de São Paulo”. Na mesma época, surgiram jornais voltados para o público feminino e para os imigrantes. Cada qual apoiava sua ideologia, alguns apoiavam a monarquia e a república e entre abolicionistas e partidários da escravidão.

Com a chegada da construção de ferrovias e a implantação de linhas telegráficas, as informações chegavam mais rápido às redações. Assim já era possível receber as principais informações sobre os acontecimentos no mesmo dia que ocorriam.

No período da República Velha (1889-1930), outras novas transformações ocorreram na imprensa brasileira. Atos de violência eram constantes. O governo Provisório criou um decreto em 23 de dezembro de 1889 que alertava: “Os indivíduos que conspirarem contra a República e o seu governo; que aconselharem ou promoverem por palavras, escritos ou atos, a revolta civil ou a indisciplina militar...serão punidos com as penas militares de sedição”.

Nesse mesmo período, surgiram publicações voltadas para a classe operária e para as comunidades imigrantes. Os jornais começaram a se modernizar. Os principais incorporavam máquinas de escrever à redação, adquiriram novas linotipos para acelerar a composição e novas rotativas que permitem aumentar as tiragens, melhorando também a qualidade da impressão. Nessa fase, surgiram novos jornais como “O Globo“ e “Monitor Mercantil”, no Rio de Janeiro.

Entre 1930 e 1945, a imprensa brasileira acompanhou de perto todas as transformações políticas ocorridas no país. Houve a instabilidade do Governo Provisório, a Revolução de 1932, a criação da Constituição de 1934 e o estabelecimento do Estado Novo em 1937. Por causa dos acontecimentos, a imprensa chegou a se posicionar, tendo algumas, apoiado a revolução de 1932, ficando ao lado dos que reivindicavam eleições livres e uma Constituição. Com o golpe de estado em 1937, a imprensa passou a ser perseguida. O estado passou a controlar o que saia nos jornais. O governo criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), em 1939, com o objetivo de censurar toda a produção jornalística, cultural e de entretenimento. Os jornais eram obrigados a publicar propaganda estatal. Com a exigência de autorização para a circulação de publicações e o DIP, 420 jornais e 346 revistas foram vetadas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, as redações, adotaram novos modelos de técnicas jornalísticas inspiradas no modelo norte-americano, como a pirâmide invertida e a diagramação mais atrativa. Em 1954, Getúlio Vargas se suicidou. Com a crise política provocada por um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, jornais que eram contra o presidente foram invadidos e tiveram equipamentos quebrados. Foi durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que começou a crescer a publicidade privada no faturamento de empresas jornalísticas. Havia liberdade de imprensa, e também foi nesse período que a TV surgiu no Brasil.


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QUEM FAZ?

Somos um grupo de estudantes de Jornalismo do 2° período do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora e estamos realizando um trabalho para a matéria de História das Mídias, lecionada pelo professor Antônio Carlos Hora.

Criado por Isabela Marcos, Raíssa Júlia Galdino e Talles Lima - 2016 

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