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O cinema em Juiz de Fora: Pioneirismo, tradição e dedicação a 7ª arte

  • Stefânia Delgado
  • 10 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Quando os juiz-foranos entram nas modernas e atuais salas de cinemas da cidade, muitos não imaginam a grande e surpreendente história que Juiz de Fora tem para contar. A primeira exibição cinematográfica pública de Minas Gerais aconteceu aqui, um ano e meio após a primeira exibição dos irmãos Lumiérie - inventores do cinema - em Paris, França no ano de 1986. O evento aconteceu no antigo Teatro Juiz de Fora que funcionava na Rua Espírito Santo, desde então a cidade não parou mais. Do início do século XX até os dias de hoje fizeram parte dessa história 25 cinemas, a grande maioria no centro da cidade, segundo o levantamento do Projeto “História do Cinema Brasileiro”, de Franco Groia. Tudo só foi possível graças aos avanços que a Usina de Marmelos, idealizada por Bernardo Mascarenhas – grande nome da indústria na época – trouxe para Juiz de Fora. Foi a primeira grande Hidrelétrica da América do Sul, inaugurada em 1889. Projetada para fornecer energia as grandes fábricas da cidade e também iluminação pública - antes alimentada a gás – potencializou a economia da região e com isso a cultura local.

Durante 50 anos, a Rua Halfeld foi o principal ponto de funcionamento das grandes salas, uma espécie de “Cinelândia Juiz-forana”, era ali que o público que todas as classes sociais se reuniam. Isso contribuiu significativamente para o crescimento e desenvolvimento da cidade, tanto na produção quanto na exibição das estreias nacionais.“Os finais de semana eram os dias mais esperados, minha família era grande, tinha seis irmãos, por isso íamos de dois em dois ao cinema, cada domingo uma dupla”. Conta Jamil Ribeiro, 72 anos, aposentado – “Adorava ver Carlitos, era o meu preferido, o cinema que eu mais gostava era o São Luís, pois morávamos atrás dele, quando não tínhamos dinheiro para ir, subíamos no muro da minha casa e assistíamos tudo pelas grandes janelas que ficavam abertas”.

“Era muito importante para Juiz de Fora, na época a cidade toda se reunia para ver, as ruas do Centro eram ponto de encontro, ficávamos de fora dos cinemas mesmo quando não íamos ver nada, era bom pra paquerar.” - conta o aposentado com muita alegria e saudosismo. “Uma parte histórica tão importante e às vezes tão esquecida pela população de Juiz de Fora, mas que vale a pena ser contada para resgatar essas e tantas outras memórias e desenvolver ainda mais o conhecimento sobre a cultura da cidade”.

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Somos um grupo de estudantes de Jornalismo do 2° período do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora e estamos realizando um trabalho para a matéria de História das Mídias, lecionada pelo professor Antônio Carlos Hora.

Criado por Isabela Marcos, Raíssa Júlia Galdino e Talles Lima - 2016 

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