A História das Revistas

Com o desenvolvimento da impressão com tipos de móveis para imprimir jornais, livros e revistas feito por Johannes Gutenberg, surgiram os panfletos esporádicos, que passaram a ser publicados com mais frequência, tornando-se embriões das primeiras revistas dignas desse nome, ou seja, um meio termo entre os jornais com notícias relativamente recentes e os livros.

Surge então na Alemanha, em 1663 a primeira revista chamada Erbauliche Monaths Unterredungen (“Edificantes Discussões Mensais”) criada pelo teólogo e poeta Johann Rist. Além da alemã Erbauliche, outras revistas surgiram ainda no século XVI, como a francesa Le Mercure(1672) que publicava crônicas sobre a Corte, anedotas elegantes e poesias e a inglesa The Athenian Gazette(1690) incrementando seções com informações de serviços, notas ou matérias além de desenhos que representavam a sociedade.

Nessa época, as revistas abordavam assuntos específicos e pareciam mais coletâneas de textos com caráter puramente didático. No início do século 19, começaram a ganhar espaço títulos sobre interesses gerais, que tratavam de entretenimento as questões da vida familiar.

Em 1693, Londres, surgiu a primeira revista feminina da história chamada The Ladie’s Mercury (Mercúrio das Senhoras) com publicação semanal, respondia todas as questões mais agradáveis e curiosas sobre amor, casamento, vestido, comportamento e humor do sexo feminino. Publicada na Inglaterra em 1731 por Edward Cave, The Gentleman’s Magazine foi considerada a primeira revista moderna com publicações sobre entretenimento, incluindo ensaios, textos de ficção, poemas, comentário políticos e críticas. O número de novas revistas se multiplicou pela Europa, onde o analfabetismo diminuía e o interesse do público por novas idéias e informações factuais crescia.

Em 1812, Salvador, surge a primeira revista feita no Brasil chamada "As Variedades" ou "Ensaios de Literatura" abordando discursos sobre os costumes e as virtudes morais e sociais; algumas novelas da época; extratos de história antiga e moderna. No Rio de Janeiro no ano de 1813 nasce a revista O Patriota trazendo gravuras, tabelas, quadros e tratando de temas como botânica, zoologia, viagens. Medicina, topografia etc. A primeira revista feminina brasileira nasceu em 1827 chamada o Espelho Diamantino abordando assuntos políticos, literatura, bellas artes, teatro e moda dedicada às senhoras brasileiras.

Em 1963, Henry Luce surpreendeu lançando Life, a primeira revista ilustrada no mundo a usar reportagem fotográfica como fórmula básica.

A revista Manchete surgiu em 1952-2000 criada por Adolpho Bloch empregando uma concepção moderna, utilizando como principal forma de linguagem o fotojornalismo.

A Veja é uma revista semanal, publicada pela editora Abril criada em 1968 pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta. A revista trata de temas do cotidiano da sociedade brasileira e do mundo, como política, economia, cultura e comportamento. Tornou-se revista de magnitude nacional pela atuação política e a mais vendida do país. Em 1934, surgiram as primeiras revistas em quadrinhos com histórias inéditas, entre elas a de um pato falante chamado Donald e de super heróis. No Brasil, a história em quadrinhos começou antes; em 1905 com Tico Tico e em 1939 com Gibi.

Na França, Héléne Gordon-Lazareff criou uma revista semanal feminina, a revista Elle, criada em 1945 com assuntos de moda, beleza, cultura e saúde femina. A edição brasileira chagou às bancas em maio de 1988.

Em 1953 surgiu a Playboy, criada por Hugh Hefner. A idéia era simples e ousada. Fotografar moças de família, que ninguém poderia imaginar que apareceriam daquele jeito numa revista feminina. A Playboy tem hoje 17 edições internacionais.

No Brasil, em 1959-1964 surgiram as revistas intituladas como idéias inovadoras. A primeira se chamou Senhor criada por Nahum Sirotsky. Chamou os melhores textos, ilustradores, fotógrafos e artistas do Rio de Janeiro fazendo uma revista com gosto de uma Ipanema que ainda não havia virado internacional.

A segunda revista nasceu em 1966 criada por Roberto Civita que queria fazer uma revista para ser encartada em jornais de domingo. Realidade era uma revista de grandes reportagens, tratando de temas que eram tabus no Brasil nos anos 60.

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