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A História do Fotojornalismo

  • Foto do escritor: obinomio
    obinomio
  • 24 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

A fotografia foi considerada quase unicamente como o registro visual da verdade e essa condição foi aceita pela imprensa. Mas, hoje em dia já se tem noção de que, apesar de através da fotografia ser possível representar a realidade, essa jamais irá registrá-la ou ser seu espelho fiel.O objetivo do fotojornalismo é usar a fotografia como veículo de informação.

Em 1841, com a finalidade de registrar o centésimo aniversário de Joseph II em Viena, os irmãos Natterer adquiriram um equipamento fotográfico denominado de daguerreótipo, criado por Louis Jacques Mandé Daguerre, em 1837. Esses equipamentos foram os primeiros produzidos em escala comercial e seu funcionamento se dava da seguinte maneira: a captação de imagem era feita através de exposição manual (cerca de 25 minutos), para então grafar uma placa de prata sensibilizada com vapor de iodo. O contato com a luz transforma os cristais de iodeto de prata em prata metálica, formando uma imagem latente, revelada posteriormente com o uso do vapor de mercúrio. A fixação era feita com hipossulfito de sódio. O resultado é uma imagem detalhada, em positivo e em baixo relevo.

Os registros dos irmãos Natterer sobre o evento de Joseph II foram os primeiros registros fiéis de um evento divulgados, aí começava a nascer o que conhecemos hoje como Fotojornalismo.

No final do século XIX e início do século XX, as técnicas de fotografia começaram a ser aperfeiçoadas e através disso foi possível a consolidação do fotojornalismo. Em 1904, surge o primeiro tablóide fotográfico, o Daily Mirror, na Inglaterra, que mudou o conceito de fotografia, as fotografias deixaram de ser secundarizadas e passaram a ser tão importantes quanto o texto noticiado. Com as mudanças nas convenções jornalísticas, começou a ter mais investigação técnica em fotografia, o que ao aparecimento de máquinas menores e mais facilmente manuseáveis, lentes mais luminosas, filmes mais sensíveis e com maior grau de definição da imagem.

O início do fotojornalismo moderno se dá na Alemanha, pós Primeira Guerra Mundial, pois surge na mesma as artes, as letras e as ciências. Nessa época, a Alemanha tornou-se o país com mais revistas ilustradas. Depois desse acontecimento países do mundo inteiro passaram a ter revistas ilustradas, baseadas nas revistas alemãs. A forma como se articulava o texto e a imagem já não era apenas a imagem isolada que interessa, mas sim o texto e todo o conteúdo fotográfico com que se tenta contar a história. A fotografia jornalística ganhou força, ultrapassando o caráter meramente ilustrativo e decorativo.

Nessa época, Erich Salomon, considerado o pai dos fotógrafos de redação, cria o conceito de foto cândida, que consistia em captar o instante natural das pessoas, seu comportamento nos ambientes sem interferência do fotógrafo e sem atuação do fotografado.

A partir desse conceito surge na Europa, uma geração, considerada como a geração de ouro da fotografia, Robert Capa, Brassain, Midans, Seymour, Doisneau, Munkacsi e Cartier Bresson, sendo Bresson considerado o pai do fotojornalismo moderno, por dar um novo conceito à fotografia, no qual ela é responsável por registrar o instante decisivo, cabendo ao fotógrafo a responsabilidade de prever como será o próximo momento. Nessa época houve uma grande influência da Primeira Grande Guerra, porém a coberta agora baseava-se no que dizia Robert Capa: ““se sua foto não está boa o suficiente, é porque você não está perto o suficiente”.

Nesse período, tiveram grandes coberturas, como os conflitos em Biafra, Chipre e Coreia, mas a que teve maior destaque foi da Guerra do Vietnã. Mas, ao invés de mostrar a guerra de uma forma limpa, resolveram mostrar os absurdos cometidos e denunciar os horrores ocorridos.

Entre os que fizeram história, temos nomes como Sebastião Salgado, Catherine Leroy, Eugene Richard, James Nachtwey e Nick Ut. Nessa época, o instrumento de trabalho dos fotógrafos eram os conflitos e com o fim da Guerra do Vietnã, passaram a procurar outros conflitos pelo mundo, para continuarem exercendo seu trabalho.

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QUEM FAZ?

Somos um grupo de estudantes de Jornalismo do 2° período do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora e estamos realizando um trabalho para a matéria de História das Mídias, lecionada pelo professor Antônio Carlos Hora.

Criado por Isabela Marcos, Raíssa Júlia Galdino e Talles Lima - 2016 

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