Fotojornalismo no Brasil
- obinomio
- 24 de nov. de 2016
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No Brasil, o fotojornalismo surge a partir das décadas de 1940 e 1950, com a revista “O Cruzeiro”, veiculada pelos Diários Associados, grupo pertencente a Assis Chateaubriand. A revista surgiu em 1928 e logo se tornou um dos veículos mais influentes da época e que o país já conheceu. Até então, as revistas brasileiras limitavam-se à reportagens sociais, as chegadas e partidas de grandes políticos eminentes e aos esportes.
No início da década de 1940, começou a utilizar o modelo de fotorreportagem, tornando-se assim, pioneira na implantação do fotojornalismo no Brasil.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a partir das invasões de Hitler na Europa, o mundo todo passou a noticiar todos os passos da guerra e através dos telegramas e das radiofotos distribuídos pelas agências internacionais. Os jornais brasileiros não escaparam a essa influência e davam grandes fotos na primeira página.
Na década de 50, a imprensa brasileira sofre outra revolução, o que faz com que a fotografia tenha poderosa valorização como elemento de grande importância no jornalismo, o surgimento da pré-paginação ou Diagramação. Embora sem recursos e perfeccionismos de hoje, alguns (como O Diário carioca, do Rio) começam a contratar artistas gráficos para planejar o esboço das primeiras – o que trazia consigo a necessidade de reservar bons espaços para as fotos – e, consequentemente, planejar boas fotos a serem obtidas pelos fotógrafos. Os grandes jornais da época passam por uma modernização, dando a suas fotos um lugar de destaque na imprensa diária. Ao mesmo passo, as revistas semanais e mensais seguiam essas inovações.
No início da década de 1950, surge na imprensa brasileira, através de Samuel Wainer, do Jornal do Brasil, a manchete fotográfica e cobertura de massa. O jornal utilizava fotografias que ocupavam a página inteira.
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